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Desindustrialização do Brasil: Causas, Impactos e Soluções

O Brasil está perdendo seu DNA industrial, e isso afeta tudo: do preço do pão ao seu futuro. Descubra por que chegamos aqui, como isso te impacta e quais saídas podem salvar nossa economia. Prepare-se para uma análise que vai além da superfície, uma matéria completa sobre a desindustrialização do Brasil!

A imagem demonstra um cenário de robôs enferrujados sem trabalhar, com várias plantas e uma cidade futurista ao fundo. Desindustrialização do Brasil é o título principal e o subtítulo O colapso silencioso. Demonstram o quanto é preocupante esse cenário e maléfico para o Brasil como um todo.

Desindustrialização do Brasil: O Colapso Silencioso que Amputou Nossa Economia

A urgência do debate sobre a Desindustrialização

A desindustrialização do Brasil deixou de ser apenas um termo técnico dos economistas. Ela se tornou um desafio concreto que afeta diretamente a vida de milhões de brasileiros. Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o peso da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro despencou de 27% para apenas 11% nas últimas quatro décadas. Esses números, por si só, já evidenciam uma mudança profunda na estrutura econômica do país. No entanto, quando olhamos além das estatísticas, percebemos impactos ainda mais alarmantes que exigem atenção imediata.

Além de representar a perda de dinamismo de um setor essencial, a desindustrialização contribui para o aumento do desemprego e da informalidade. Isso ocorre porque a indústria, historicamente, sempre funcionou como motor do desenvolvimento econômico, gerando empregos de qualidade e promovendo inovação tecnológica. Quando esse setor encolhe, surgem efeitos em cascata, que vão desde o fechamento de fábricas até a redução de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Como resultado, o país passa a depender cada vez mais da importação de bens com maior valor agregado. Essa dependência cria vulnerabilidades, por exemplo, em momentos de crises internacionais, quando o câmbio e a inflação disparam, afetando o bolso da população.

Por isso, entender as causas da desindustrialização, seus impactos ocultos e, principalmente, as possíveis soluções não é apenas relevante. Na verdade, essa compreensão se tornou essencial para qualquer pessoa que deseje debater o futuro econômico do Brasil com propriedade. Ao longo deste post, você vai explorar comigo, em detalhes, os fatores estruturais que nos trouxeram até aqui, as consequências visíveis e invisíveis desse processo e, sobretudo, os caminhos viáveis para reverter essa trajetória.

O Que é Desindustrialização? Entenda o Fenômeno no Brasil

Antes de discutirmos as causas e os impactos da desindustrialização, precisamos entender claramente o que esse fenômeno significa. A desindustrialização ocorre quando a participação da indústria de transformação na economia encolhe de maneira consistente ao longo do tempo. Em termos técnicos, falamos da redução da contribuição da indústria no Produto Interno Bruto (PIB). Esse movimento geralmente acontece em paralelo ao aumento do peso de setores como serviços e comércio. No entanto, quando essa mudança ocorre sem o devido avanço tecnológico e sem melhorias na produtividade, ela se torna um sinal preocupante de enfraquecimento estrutural.

Para ilustrar melhor, comparemos o Brasil com países como a Coreia do Sul. Enquanto o Brasil viu sua indústria cair de 27% para 11% do PIB em quarenta anos, a Coreia fez o caminho oposto. Por lá, a indústria manteve papel central no crescimento, investindo em tecnologia e inovação. Como resultado, os coreanos transformaram o país em potência exportadora de produtos de alto valor agregado. Esse contraste revela como a desindustrialização brasileira aconteceu de forma precoce, antes mesmo de o país atingir um estágio avançado de desenvolvimento. Você pode visualizar esse cenário em gráficos comparativos, que deixam clara a diferença entre as duas trajetórias.

O impacto da desindustrialização no Brasil.

Agora, ao falarmos de desindustrialização precoce, vale reforçar: o Brasil perdeu participação industrial ainda em fase intermediária de crescimento, sem consolidar avanços como os observados nos Estados Unidos e na Europa. Nessas regiões, a desindustrialização aconteceu de forma tardia. Por lá, ela ocorreu apenas depois de décadas de industrialização plena, com forte acúmulo de capital e alta produtividade. Isso significa que, enquanto esses países migraram para economias de serviços com bases sólidas, o Brasil fez esse movimento sem ter consolidado a sua indústria como motor de inovação.

Além disso, outro indicador crucial da desindustrialização brasileira está no perfil das exportações. O país passou a vender majoritariamente commodities, como soja e minério de ferro, enquanto reduziu a exportação de produtos manufaturados. Esse padrão reflete o enfraquecimento da capacidade tecnológica da indústria nacional. Como consequência, o Brasil acumula déficit na balança tecnológica e amplia sua dependência de produtos industriais importados. Portanto, a desindustrialização não é apenas uma questão de números no PIB. Na prática, ela revela vulnerabilidades profundas na estrutura econômica do país.

Causas da Desindustrialização: Entenda as Raízes do Problema

A desindustrialização do Brasil não aconteceu por acaso. Na verdade, o fenômeno resulta de uma combinação de fatores internos e externos que, ao longo de décadas, enfraqueceram a base produtiva do país. Para compreender como chegamos até aqui, precisamos analisar cada uma dessas causas com atenção. Só assim conseguiremos encontrar soluções eficazes. A seguir, você verá em detalhes os principais elementos que impulsionaram a desindustrialização e continuam afetando o futuro da economia nacional.

A Doença Holandesa: Como as Commodities Aceleraram a Desindustrialização

Para começar, precisamos falar da chamada Doença Holandesa, um fenômeno que atinge países ricos em recursos naturais. No Brasil, o boom das exportações de commodities, como soja e minério de ferro, valorizou excessivamente o real em diversos momentos da nossa história recente. Como resultado direto, os produtos industriais brasileiros ficaram mais caros no mercado internacional. Além disso, os importados se tornaram mais baratos para o consumidor interno. Essa combinação prejudicou a competitividade da indústria nacional.

Por exemplo, quando o real se valoriza devido às exportações de commodities, as fábricas brasileiras perdem espaço tanto no mercado interno quanto no externo. Isso ocorre porque as indústrias locais enfrentam custos mais altos em comparação aos concorrentes estrangeiros. Assim, o Brasil acaba exportando matérias-primas e importando bens industrializados. Esse padrão alimenta a desindustrialização e aumenta a nossa dependência de produtos de maior valor agregado vindos de fora. Portanto, embora as commodities tragam ganhos imediatos, elas também criam armadilhas que precisamos superar.

O Custo Brasil: Obstáculo Permanente para a Indústria

Burocracia sufoca a competitividade

Outro fator decisivo para a desindustrialização do Brasil é o chamado Custo Brasil. Esse termo resume os inúmeros entraves que encarecem a produção e afastam investimentos. Entre os principais está a burocracia tributária, que impõe um fardo enorme às empresas. Para você ter uma ideia, no Brasil, as empresas gastam em média 1.500 horas por ano apenas para cumprir obrigações fiscais. Na OCDE, esse número gira em torno de 600 horas. Essa diferença demonstra o peso desproporcional que as empresas brasileiras enfrentam em relação aos seus concorrentes internacionais.

Além disso, a complexidade tributária não apenas consome tempo e recursos, mas também desvia o foco do empresário, que poderia estar investindo em inovação e aumento de produtividade. Por isso, quando falamos em desindustrialização, não podemos ignorar o papel corrosivo da burocracia no dia a dia das indústrias.

Logística cara mina a competitividade

Em seguida, vale destacar o impacto da infraestrutura precária no avanço da desindustrialização. O Brasil tem um dos custos logísticos mais elevados do mundo. Para se ter uma noção, o custo logístico no país corresponde a cerca de 12% do PIB, enquanto na China esse percentual não passa de 6%. Essa diferença revela como o transporte de mercadorias dentro do território brasileiro encarece o produto final. Como consequência, o consumidor paga mais caro, e o produto brasileiro perde espaço frente aos concorrentes importados. Portanto, enquanto não modernizarmos nossos portos, rodovias e ferrovias, a desindustrialização continuará avançando.

Falhas de Política Industrial: Um Caminho Mal Planejado

Abertura comercial mal coordenada

Quando analisamos a trajetória da desindustrialização no Brasil, não podemos deixar de mencionar os erros das políticas públicas. Durante os anos 1990, o país promoveu uma abertura comercial abrupta, especialmente no governo FHC. Embora a abertura da economia fosse necessária para modernizar o setor produtivo, a falta de um plano robusto de transição deixou a indústria vulnerável. Assim, os produtos importados invadiram o mercado, enquanto muitas fábricas nacionais fecharam as portas por não conseguirem competir.

Essa transição sem planejamento aprofundou a desindustrialização, porque expôs as empresas locais à competição global sem oferecer o suporte necessário para adaptação tecnológica e aumento de produtividade. Por isso, precisamos aprender com esse episódio para não repetir os mesmos erros no futuro.

Subsídios inconsistentes

Além disso, as tentativas de estimular a indústria muitas vezes fracassaram por falta de continuidade. Um exemplo claro foi a política de subsídios ao setor de informática nos anos 1980. Naquela época, o governo incentivou a produção local de tecnologia. No entanto, os subsídios foram descontinuados de forma abrupta, o que acabou inviabilizando o desenvolvimento de um polo tecnológico sólido no país. Esse vai e vem das políticas industriais contribuiu para o avanço da desindustrialização, porque deixou a indústria nacional sem base consistente para crescer no longo prazo.

Concorrência Global: O Avanço Implacável dos Gigantes

Por fim, precisamos considerar o papel da concorrência global na aceleração da desindustrialização brasileira. Enquanto o Brasil enfrentava problemas internos, países como China, Estados Unidos e Europa avançavam rapidamente. A China, por exemplo, apostou em um modelo de produção de baixo custo, que dominou o mercado mundial de bens manufaturados. Isso fez com que as empresas brasileiras perdessem espaço, tanto no mercado externo quanto dentro do próprio Brasil.

Em contrapartida, os Estados Unidos e a Europa optaram por investir pesado em tecnologia e inovação. Esses países fortaleceram suas indústrias em setores de alta complexidade, onde o Brasil nunca conseguiu competir de forma efetiva. Como resultado, a desindustrialização se intensificou, pois a indústria brasileira ficou espremida entre produtos baratos e produtos altamente tecnológicos. Portanto, se o Brasil quiser reverter esse processo, precisará criar estratégias capazes de enfrentar essa dupla ameaça no cenário global.

Impactos da Desindustrialização: Efeitos Devastadores na Economia, Sociedade e Tecnologia

A desindustrialização do Brasil não representa apenas uma mudança na estrutura do PIB. Na verdade, ela traz consigo uma série de impactos sistêmicos que enfraquecem o país em várias dimensões. Economia, sociedade e tecnologia sofrem as consequências desse processo. Por isso, entender esses impactos é essencial para qualquer debate sério sobre o futuro do desenvolvimento nacional. Vamos explorar cada um desses aspectos com profundidade.

Impactos Econômicos da Desindustrialização: O Brasil em Desequilíbrio

O desequilíbrio comercial como reflexo direto da desindustrialização

A desindustrialização tem provocado um enorme desequilíbrio na balança comercial brasileira. Em 2023, por exemplo, o país acumulou um déficit de US$ 60 bilhões apenas no comércio de produtos manufaturados. Esse número escancara como o Brasil passou a depender cada vez mais da importação de bens industrializados. Enquanto isso, continuamos exportando majoritariamente produtos de baixo valor agregado, o que limita o potencial de geração de riqueza e empregos de qualidade.

Além disso, o déficit em manufaturados deixa o Brasil vulnerável em momentos de crise internacional. Quando o dólar sobe, o custo das importações dispara, pressionando a inflação e comprometendo o poder de compra da população. Portanto, o desequilíbrio comercial se tornou uma das faces mais visíveis e perigosas da desindustrialização.

A economia e sua “commoditização” acelerada

Outro efeito alarmante da desindustrialização está na chamada commoditização da economia brasileira. Hoje, cerca de 75% das exportações nacionais são compostas por produtos brutos, como soja, minério de ferro e petróleo. Essa dependência excessiva das commodities coloca o Brasil em posição frágil no comércio mundial. Afinal, os preços das matérias-primas sofrem variações constantes no mercado internacional, o que cria ciclos de prosperidade e crise que fogem do nosso controle. Por isso, enquanto o país não diversificar sua pauta exportadora, a desindustrialização continuará comprometendo a estabilidade da economia.

Impactos Sociais da Desindustrialização: Empregos e Talentos em Risco

O desemprego estrutural e a perda de empregos qualificados

A desindustrialização tem gerado um impacto profundo no mercado de trabalho brasileiro. Historicamente, o setor industrial sempre foi responsável pela criação de empregos de maior qualificação e com melhores salários. No entanto, com o encolhimento da indústria, o país perdeu milhões de postos de trabalho que exigiam habilidades técnicas e formação especializada. Em seu lugar, surgiram vagas no setor de serviços, muitas vezes com salários menores e pouca perspectiva de crescimento profissional. Como resultado, o desemprego estrutural se tornou uma realidade preocupante, que ameaça a coesão social e aumenta a desigualdade.

Fuga de cérebros: talentos deslocados para outros setores

Além do desemprego, a desindustrialização provoca a fuga de talentos da engenharia e das ciências aplicadas. Muitos profissionais altamente qualificados, como engenheiros e técnicos industriais, passaram a migrar para setores como o agronegócio, onde encontram mais oportunidades. Embora o agro seja um setor dinâmico, o deslocamento desses profissionais enfraquece ainda mais o potencial de inovação industrial do país. Portanto, a fuga de cérebros representa mais um efeito colateral da desindustrialização, que precisa ser enfrentado com políticas de reindustrialização e estímulo à pesquisa.

Impactos Tecnológicos da Desindustrialização: Um País Mais Dependente

Dependência de importações tecnológicas

No campo da tecnologia, os impactos da desindustrialização são igualmente graves. Hoje, o Brasil importa aproximadamente 90% dos chips e componentes eletrônicos que consome. Essa dependência expõe o país a riscos estratégicos, principalmente em um mundo cada vez mais digitalizado. Quando há crises globais na cadeia de suprimentos, como aconteceu durante a pandemia, o Brasil sofre com a escassez de insumos e o aumento de custos. Portanto, a desindustrialização nos torna reféns da produção externa, comprometendo a soberania tecnológica nacional.

A estagnação da eco-inovação e das patentes industriais

Por fim, vale destacar como a desindustrialização freou a capacidade de inovação do Brasil. Desde o ano 2000, o número de patentes industriais depositadas por empresas brasileiras caiu cerca de 40%. Essa queda revela a perda de dinamismo na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias, incluindo soluções sustentáveis e eco-inovadoras. Com menos patentes e menos investimentos em inovação, o país perde espaço no cenário internacional e abre mão de oportunidades de liderar em áreas estratégicas, como a economia verde e as tecnologias limpas. Portanto, a desindustrialização não afeta apenas o presente. Ela compromete também o futuro tecnológico e ambiental do Brasil.

Casos Globais: O Que o Brasil Pode Aprender Para Reverter a Desindustrialização

Quando o assunto é desindustrialização, o Brasil não está sozinho no cenário mundial. Diversos países já enfrentaram o mesmo desafio, com resultados muito distintos. Enquanto alguns falharam em reverter o declínio da indústria, outros criaram estratégias inteligentes e conseguiram fortalecer seu setor produtivo. Por isso, analisar essas experiências internacionais é fundamental para que o Brasil não repita erros e, ao mesmo tempo, se inspire em exemplos de sucesso. Vamos explorar, então, dois casos emblemáticos de fracasso e dois de sucesso. Em seguida, destacaremos as principais lições que o Brasil pode adotar para superar a desindustrialização.

O Fracasso da Argentina: A Desindustrialização e Seus Custos

A desindustrialização atingiu a Argentina com força ao longo das últimas décadas. Hoje, a indústria representa apenas 14% do PIB argentino, um nível muito abaixo do necessário para sustentar um crescimento robusto e inclusivo. Essa queda se deve, principalmente, à instabilidade econômica crônica do país. Inflação descontrolada, crises cambiais e políticas industriais descontinuadas enfraqueceram a confiança dos investidores. Além disso, a falta de um projeto nacional consistente para o setor produtivo deixou as fábricas vulneráveis à concorrência externa e às oscilações do mercado global. Como resultado, a desindustrialização da Argentina aprofundou a desigualdade e limitou as chances de desenvolvimento sustentável.

Portanto, o caso argentino serve de alerta. Se o Brasil não adotar políticas industriais firmes e duradouras, poderá seguir o mesmo caminho, com consequências graves para a economia e para a sociedade como um todo.

Sucessos Inspiradores: Alemanha e Vietnã na Luta Contra a Desindustrialização

Alemanha e o sucesso do Plano Indústria 4.0

Por outro lado, a Alemanha mostra que é possível enfrentar a desindustrialização com planejamento e visão de futuro. O país lançou o Plano Indústria 4.0, um projeto que transformou a indústria em uma potência tecnológica global. Por meio desse programa, a Alemanha integrou inteligência artificial, robótica, internet das coisas e automação em larga escala em suas fábricas. Além disso, o governo investiu pesado em pesquisa e desenvolvimento, garantindo que o país liderasse a quarta revolução industrial. Como resultado, a Alemanha não apenas manteve o peso da indústria em seu PIB, mas também criou empregos altamente qualificados e aumentou sua competitividade internacional. O caso alemão deixa claro que o combate à desindustrialização exige políticas de Estado bem estruturadas e investimentos constantes em inovação.

Vietnã e a estratégia de atração de multinacionais

Outro exemplo positivo vem do Vietnã. Em vez de assistir passivamente ao avanço da desindustrialização, o país asiático criou uma estratégia para atrair grandes multinacionais. O governo vietnamita ofereceu incentivos fiscais, modernizou sua infraestrutura e investiu na capacitação da força de trabalho. Essas ações resultaram na instalação de fábricas de gigantes como Samsung e Intel, que hoje impulsionam o crescimento econômico local. Além disso, o Vietnã aproveitou a chegada dessas empresas para transferir tecnologia e desenvolver fornecedores locais. Assim, o país fortaleceu a indústria nacional e reduziu a dependência de produtos importados. Portanto, o caso vietnamita mostra que, com políticas inteligentes e pró-ativas, é possível transformar o risco de desindustrialização em oportunidade.

Lições Valiosas Para o Brasil Superar a Desindustrialização

Os casos de sucesso e fracasso ao redor do mundo deixam claro que o combate à desindustrialização exige dois elementos fundamentais: políticas de Estado contínuas e investimentos robustos em pesquisa e desenvolvimento. Países que trataram a política industrial como prioridade nacional conseguiram proteger suas fábricas e gerar empregos de qualidade. Além disso, aqueles que apostaram em inovação e tecnologia garantiram competitividade e crescimento no longo prazo. Portanto, se o Brasil quiser mudar seu destino, precisará construir um projeto industrial sólido, com metas claras e ações coordenadas entre governo, empresas e sociedade.

Oportunidades de Reversão: Como o Brasil Pode Superar a Desindustrialização

Apesar dos desafios imensos que a desindustrialização trouxe ao Brasil, o país ainda possui várias oportunidades para reverter esse processo. Para isso, é essencial combinar tecnologia de ponta, políticas públicas consistentes e foco em setores estratégicos. Nesta seção, vamos explorar os caminhos mais promissores que podem recolocar o Brasil na rota do desenvolvimento industrial sustentável e competitivo.

Indústria 4.0: O Caminho Tecnológico Para Reduzir o Custo Brasil

Como a automação e o IoT podem transformar a indústria nacional

A Indústria 4.0 surge como uma grande oportunidade para o Brasil superar os entraves históricos da desindustrialização. A adoção de tecnologias como automação avançada, inteligência artificial e internet das coisas (IoT) tem o poder de reduzir drasticamente o chamado Custo Brasil. Afinal, essas tecnologias aumentam a eficiência, diminuem desperdícios e melhoram a produtividade. Além disso, elas permitem que as empresas enfrentem a concorrência global com muito mais competitividade, mesmo diante das dificuldades logísticas e tributárias locais.

Casos brasileiros que mostram o potencial da Indústria 4.0

Um exemplo emblemático é a Embraer, que já opera fábricas digitais altamente automatizadas. Nessas plantas, a integração entre máquinas, sensores e sistemas permite otimizar processos em tempo real, garantindo qualidade e redução de custos. Além da Embraer, o Brasil também vê o surgimento de startups de manufatura aditiva, que trabalham com impressão 3D e novos modelos de produção sob demanda. Essas iniciativas demonstram que, com os incentivos certos, a Indústria 4.0 pode se tornar uma poderosa aliada na luta contra a desindustrialização.

Políticas Públicas: O Papel Fundamental do Estado na Reindustrialização

A necessidade urgente de uma reforma tributária setorial

Nenhuma estratégia para enfrentar a desindustrialização terá sucesso sem políticas públicas eficazes. Uma das medidas mais urgentes é a reforma tributária setorial, que deve criar condições favoráveis para segmentos estratégicos, como o de semicondutores. Essa área, vital para o avanço tecnológico do país, precisa de incentivos claros para atrair investimentos e desenvolver uma cadeia produtiva nacional. Além disso, simplificar o sistema tributário industrial ajudaria a reduzir custos e a eliminar barreiras para novos empreendimentos.

Parcerias estratégicas para inovação tecnológica

Outro eixo essencial das políticas públicas está na criação de parcerias internacionais. Um exemplo promissor é a aproximação tecnológica entre China e Brasil no campo das tecnologias verdes. Essa cooperação pode acelerar o desenvolvimento de soluções sustentáveis e permitir a transferência de conhecimento em áreas como baterias de lítio, energia solar e veículos elétricos. Ao integrar esforços com potências tecnológicas, o Brasil terá mais chances de recuperar parte do espaço perdido no cenário industrial global.

Nichos Estratégicos: Setores Com Alto Potencial Para Reverter a Desindustrialização

Além das grandes transformações tecnológicas e das políticas de Estado, o Brasil também pode apostar em nichos estratégicos para reverter a desindustrialização. Um deles é a bioenergia, especialmente com o avanço do etanol de segunda geração (2G), que utiliza resíduos da cana-de-açúcar para gerar combustível. Outro setor promissor está na mineração de lítio, fundamental para a transição energética global. Por fim, o país pode fortalecer sua liderança no agrotech, com soluções tecnológicas aplicadas ao agronegócio, área onde já possui grande competitividade.

Reverter a Desindustrialização é o Caminho Para a Soberania

Ao longo deste post, ficou evidente que a desindustrialização não é apenas um fenômeno econômico. Na verdade, trata-se de um processo que ameaça a soberania, o desenvolvimento e o futuro do Brasil. Se o país continuar refém da exportação de commodities, como minério de ferro e soja, nunca conseguirá conquistar um lugar de destaque no cenário global. Além disso, essa dependência limita a geração de empregos qualificados, reduz a capacidade de inovação e aprofunda a vulnerabilidade diante das crises internacionais.

Portanto, o Brasil precisa agir agora. É urgente pressionar por políticas públicas consistentes, que incentivem a inovação e fortaleçam os setores tecnológicos da indústria. Da mesma forma, cada cidadão, empresário e formador de opinião pode contribuir apoiando iniciativas que priorizem a produção nacional e valorizem o desenvolvimento de tecnologias próprias. Com essa união de esforços, será possível superar a desindustrialização e abrir novas oportunidades para o país.

Por fim, é essencial lembrar que reconstruir nossa indústria não é nostalgia. Na verdade, essa reconstrução representa a única rota possível para garantir um futuro soberano, justo e competitivo. O momento de transformar discurso em ação chegou. O futuro do Brasil depende das escolhas feitas hoje!

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